A Griscom fala sobre Relatórios de Sustentabilidade em Florianópolis

No dia 13/11, o sócio-especialista em Sustentabilidade da Griscom, Marcelo Linguitte, ministrou um workshop para atualização sobre relatório de sustentabilidade chamado “Tendências dos Relatórios de Sustentabilidade nas empresas: Padrões Global Reporting Initiative – GRI Standards e Relato Integrado”.

O evento ocorreu na Acate – Associação Catarinense de Tecnologia e teve a participação de profissionais e de executivos interessados nessa temática. Estiveram presentes representantes de empresas com Eletrosul, Portobello e Nexxera.

 

 

 

Marcelo tem experiência de 20 anos em sustentabilidade, tendo contribuído para a criação dos Indicadores Ethos e do Modelo de Balanço Social do Instituto. Além disso, representou o Instituto Ethos na criação da ISO 26000, foi conselheiro do ISE-Índice de Sustentabilidade Empresarial e tem contribuído com o aprimoramento de estratégias e de práticas de gestão em empresas no Brasil e na América Latina. Já elaborou diversos relatórios de sustentabilidade e também atua com auditor de relatórios.

 

O workshop iniciou discutindo o estado da arte de práticas sustentáveis, abordando aspectos vistos em suas atividades de consultoria e através da bibliografia mais atual sobre o tema. A partir de um estudo desenvolvido pela McKinsey, as práticas mais eficazes em sustentabilidade incluem

(1) busca constante por níveis cada vez maiores de ética e transparência

(2) o engajamento com stakeholders como forma de antecipar mudanças na sociedade

(3) avaliação de aspectos de sustentabilidade que afeta o contexto de competitividade

(4) perceber que sustentabilidade é evolução do processo de gestão e não uma onda que se quebra sobre as empresas

(5) para avançar em práticas sustentáveis, é necessário que se tenha uma visão sistêmica da empresa e do ambiente de negócios.

 

Marcelo também provocou reflexões sobre stakeholders das organizações e sobre a qualidade dos engajamentos realizados, bases para a elaboração de um bom relatório de sustentabilidade. Mostrou que a base do engajamento é a criação de vínculos afetivos entre a empresa e seus stakeholders, vínculos que são criados na medida em que a empresa contribui com a satisfação de necessidades de seus públicos de interesse. Para abordar essa temática, Marcelo utilizou a perspectiva do economista e ambientalista chileno Manfred Max-Neeff sobre satisfação de necessidades humanas, exposta em seu livro Desenvolvimento à Escala Humana (1989). Nesse sentido, apresentou uma pesquisa que realizou junto a 93 empresas e que envolveu quase mil colaboradores, onde mostra que apenas aquelas empresas que desenvolvem a capacidade de engajar seus colaboradores terão a capacidade de manter-se competitivas [clique aqui e reserve uma cópia desse estudo].

 

Os relatórios de sustentabilidade são ferramentas de gestão e não apenas peças de comunicação.

 

Se forem entendidos dessa maneira, terão o potencial de contribuir com o desenvolvimento da gestão da empresa. Mostrando a evolução dos relatos socioambientais de organizações no Brasil e no exterior, ele apresentou benefícios que têm sido identificados em empresas com processos robustos para gerenciar informações e elaborar relatórios de sustentabilidade. Com ênfase nos GRI Standards, mostrou as diferenças com GRI G4 e a ênfase que o GRI dá nos processos de gestão dos indicadores.

 

Ao apresentar o Relato Integrado (RI), Marcelo explicou os capitais considerados, bem como os princípios básicos e elementos do conteúdo do RI, avaliando relatórios de algumas empresas que já utilizam esse formato. Detalhou, em seguida, os passos de elaboração de relatórios, comentando como as empresas tem enfrentado os desafios que surgem em cada um deles.

 

Finalmente, fez considerações sobre (i) a Lei 13.303, 30/06/2016, regulamentada pelo Decreto 8.945, 27/12/2016, que torna obrigatória a publicação e divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabilidade, (ii) como as micro e pequenas empresas podem elaborar seus próprios relatórios, (iii) a Resolução CFC 1003/04 – Informações de Natureza Social e Ambiental e (iv) como o mercado financeiro tem tratado os relatórios, exemplificando através da discussão sobre a Resolução BACEN Nº 4.327, 25/04/2014 e do “Relate ou Explique para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, da B3.

 

Gostaria de receber o conteúdo dessa apresentação? Clique aqui!