Portugal destino de investimentos, e o potencial aqui no Brasil?

A notícia que Portugal está se tornando o destino dentro da Europa preferido para investimentos me trouxe uma grata lembrança.

Há uns 7 anos, visitando o pais percebi que principamente na região da capital havia o começo de um burburinho de inovação e empreendedorismo. Depois passados alguns anos, voltei e constatei que Portugal estava de fato empenhado em mostrar ao mundo seu lado inovador, estimulando as empresas de tecnologia que estavam sendo fomentadas em universidades ao redor do país.

Um fato interessante, e sempre muito produtivo é quando um país, ou uma organização se empoderam de um tema e o conduzem de modo consistente ao resultado.

O Brasil pelo relatório de 2016 do GEM (Global Entrepreneurship Monitor) é um país com impulso pela eficiência, enquanto Portugal está no grupo de países impulsionados pela inovação.

Ao analisar esse dado me forço a pensar em que podemos fazer diferente. Se o Governo não tem um direcionamento claro que nos posiciona e nos direciona como um todo no universo empreendedor, por outro lado as Organizações como os fundos de investimento, as aceleradoras, os órgãos de fomento trabalham para que a veia inovadora e empreendedora só cresça.

Acredito sim que nós aqui no Brasil podemos e temos condições suficientes de fazer o mesmo. Temos o que a Forbes elencou como materiais necessários para Portugal ser o destino de investimentos na Europa:

Temos uma população jovem e empreendedora
Temos aceleradoras e fundos de investimentos com foco em inovação,
Temos organizações como o Cubo em São Paulo, o Campus Google entre outros que provem o encontro de empreendedores e criam um eco-sistema para isso acontecer
Temos órgãos de fomento como o Desenvolve São Paulo
E principalmente, temos talentos que querem desenvolver sua ideia, transformá-las em projetos, e em empresas.

Para isso penso que precisamos colocar foco nos nossos projetos que começam pessoais mas que tem potencial para se materializarem.

Avaliar o mercado e as oportunidades para entrada, os competidores, as forças que o projeto tem, bem como suas fraquezas é necessário. Mas além disso ter a disposição para colocar o projeto em andamento, executar e planejar é o que fará o mesmo acontecer.

Nós da Griscom acreditamos que para todo projeto, pensar o mesmo com uma visão sistêmica faz a diferença. Não é necessário ter o melhor planejamento estratégico no início, mas é preciso ter um business plan consistente e realista, e que atraia a atenção. Coloque sua ideia para acontecer e de tempos em tempos pare para refletir e pensar o futuro, ai sim vale um bom planejamento estratégico.

Agora, mãos a obra!

relatório GEM 2016: http://www.gemconsortium.org/report/49812

Portugal destino investimento Europa: https://eco.pt/2018/01/25/forbes-considera-portugal-o-novo-destino-para-investir/

Autora: Rosa Tiritilli – MBA em Finanças pelo Insper / Ibmec, especialização em marketing pela FVG. Graduada em Ciências Econômicas pela Unicamp. Consultora em Estratégia e Análise de Negócios com enfoque em pequenas e médias empresas em momento de transição. Realização de Planejamento Estratégico para empresas de tecnologia e para empreendedores em fase de expansão. Atuação com empresas de tecnologia e internet. Participa da rede Endeavor de mentoria. Experiência profissional de 17 anos no Grupo Abril e na Siemens